Em apenas 6 meses, secretaria de saúde de Fazenda Rio Grande teve 3 trocas no comando
Por Esleif Martins
“Dança das cadeiras” é a expressão usada para descrever a troca de secretários de Fazenda Rio Grande. E na secretária de saúde, houve muita “dança” durante 2019, pois em apenas 6 meses a pasta trocou de chefe por 3 vezes. Vale lembrar que o orçamento da Secretaria é mais de 37 milhões este ano [2019], sendo o 2º maior orçamento, abaixo apenas da Educação.
No dia 02 de Maio, um decreto assinado pelo Prefeito Márcio Wosniack, remanejou o servidor Rejomar Lopes de Andrade, saindo da Secretaria de saúde e indo para o desenvolvimento econômico. Nomeado em Dezembro de 2016, permaneceu no cargo por 2 anos e 5 meses. Na mesma portaria, José Roberto Zanchi assumiu que já é secretário de assistência social assumiu a saúde, contudo, ficou apenas 43 dias no cargo, sendo já substituído no dia 12 de Junho após uma grave crise. Já no mesmo dia 12 [de junho], quem assumiu foi a secretária do trabalho, Irani Aparecida dos Santos que atualmente continua respondendo pela pasta.
A saída de Rejomar ainda é cercada de dúvidas, ainda mais que ele ocupou a pasta do Meio Ambiente por apenas alguns dias, e logo deixou também, ficando somente na secretaria de desenvolvimento econômico.
Já José Roberto deixou a pasta após uma grave crise, nesse período uma ambulância foi apreendida pela Polícia Militar por estar com a documentação atrasada. À época, a notícia repercutiu em grandes veículos de comunicação – gazeta do povo, tribuna do Paraná.
Já Irani dos Santos, assumiu em período de grande turbulência, com a principal missão de abrir o Hospital e Maternidade, além de diminuir o número de reclamações da UPA e das Unidades de Saúde. O hospital abriu parcialmente, mas as unidades de saúde e o UPA ainda são alvo de centenas de reclamações.
O órgão é Responsável em administrar as 12 unidades de saúde, a UPA, o Hospital e Maternidade recém aberto, além de outros projetos e departamentos como a farmácia popular, caps e a academia de saúde. Apesar de ter um orçamento de R$ 37 milhões pra este ano e um número grande de servidores, a secretaria tem vivido dias de caos e recebido uma enxurrada de críticas, principalmente depois do depoimento da obstetra e ginecologista Dra. Alba Raquel relatando as condições precárias em que realizou o parto de uma bebê no Hospital que deveria ser referência, na última terça-feira (12).
Moradores ainda estão indignados com o fato de mesmo reabrindo com o prazo expirado, o local ainda não estar atendendo integralmente, demonstrando que há falta de gestão. E o que mais tem assustado nisso tudo, é o silêncio da Câmara dos Vereadores que deveria ser a responsável por fiscalizar essas obras. Mas o “carneiro” é mais importante do que a fiscalização pelo visto.